"O gato não finge, não disfarça e sabe o que deve fazer, e seguramente o faz, para garantir que seus desejos sejam notados, se apenas mais uns grãos de ração, se um colo quentinho ou para entrar em um lugar novo para ele. A beleza e o mistério por trás da imagem do gato devem-se, principalmente, pela sua maneira 100% autêntica de ser e agir."
Juliana Xavier
O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por
dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho
é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos
de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o
que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver.
Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou
manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser
desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois
significa um julgamento.
O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se
há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e
atenua como pode, ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito
mais valente que nós.
Créditos ao Blog da Ju Xavier
e https://osegredo.com.br/o-gato-e-espiritualidade/
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